“Sereis sujeitos às tribulações e vos matarão, e sereis odiados por todas as gentes por causa do meu nome (Cristãos)”.
(Mateus 24:9)
- Quando Jesus revelou a seus discípulos a sorte de Jerusalém, predisse também a experiência de seu povo até a sua volta em poder e glória.
Do monte das Oliveiras o Salvador contemplou a tempestade preste a desabar sobre a sua Igreja, seus olhos divisaram os terríveis e devastadores vendavais que açoitariam seus seguidores.
Em poucas e breves declamações de tremendo significado, predisse o que os governantes deste mundo haveriam de impor à Igreja e seus seguidores.
“Será grande a tribulação, como nunca foi, desde o princípio do mundo até agora, nem jamais será.
(Mateus 24: 21,22)
"Se não se abreviassem aqueles dias, não se salvaria pessoa alguma; porém, serão abreviados aqueles dias em atenção aos escolhidos”.
- A História da Igreja primitiva testificou do cumprimento das palavras do Salvador. Os poderes da terra e do inferno arregimentaram-se contra Cristo na pessoa de seus seguidores.
Os Seguidores de Cristo deveriam trilhar o mesmo caminho de humilhação. A inimizade que irrompera contra o redentor do mundo, manifestar-se-ia contra todos os que crescem em seu nome.
O Paganismo previa que se o Evangelho Triunfasse, seus templos e altares desapareceriam; portanto convocou suas forças para destruir o cristianismo.
Acenderam-se os fogos da perseguição, os cristões eram despojados de suas possessões e expulsos de suas casas.
“Lembrai-vos dos primeiros dias em que, depois de terdes sido iluminados, sofrestes grande combate de sofrimentos”.
(Hebreus 10:32)
- Grandes números de cristões selaram seu testemunho com o próprio sangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos e ignorantes, foram de igual modo mortos sem misericórdia.
Estas perseguições, iniciadas sob o governo de Nero, aproximadamente ao tempo do martírio do apóstolo Paulo, continuando durante séculos com grande fúria.
Os cristãos eram falsamente acusados dos mais hediondos crimes e tidos como a causa das grandes calamidades – fome, pestes e terremotos. Tornaram os cristões objeto de ódio. Eram condenados como rebeldes, como inimigos da religião e peste da sociedade.
Grande número deles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eram crucificados, outros cobertos com peles de animais selvagens e lançados nas arenas para serem despedaçados pelos cães.
De seu sofrimento muitas vezes se fazia a principal diversão nas festas públicas. Vastas multidões reuniram-se para gozar dos espetáculos e saudavam os transes de agonia e sofrimento dos cristões na arena com risos e aplausos.
Onde quer que procurassem refúgio, os seguidores de Cristo eram calçados como animais. Eram forçados a procurar esconderijo nos lugares desolados e solitários.
“Foram apedrejados, foram serrados, foram tentados, foram mortos ao fio da espada, andaram errantes, cobertos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, angustiados, aflitos; eles de quem o mundo não era digno, tiveram de andar errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas e pelas cavernas da terra.”
(Hebreus 11:37,38)
- As catacumbas proporcionaram abrigos sob as colinas, fora da cidade de Roma, nestes retiros subterrâneos, os seguidores de Cristo sepultavam os seus mortos; e ali também residiam.
Sob a mais atroz perseguição, estas testemunhas de Jesus conservaram incontaminada a sua fé. Privados de conforto, excluídos da luz do sol, tendo o seu lar no seio da terra, na escuridão, não proferiam queixa alguma.
Com palavras de fé, paciência e esperança, animavam-se uns aos outros a suportar a privação e a angústia. A perda de toda a benção terrestre não os poderia forçar a renunciar sua crença em Cristo.
Provações e perseguições eram passos apressados que os levavam para mais perto de seu descanso e recompensa.
“Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição.”
(Hebreus 11:35)
- Estes se recordavam das palavras do mestre, de que, quando perseguidos por amor de Cristo, ficassem muito alegres, pois que grande seria seu Galardão no céu, porque assim tinham sido perseguidos os profetas antes deles.
“Ser fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.
(Apocalipse 2:10)
- Os enforcos de satanás para destruir pela violência a Igreja de Cristo era muito grande, mas ela foi avante com firmeza. O Evangelho continuou a espalhar-se, e o número de Cristões aumentava a cada dia.
“Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais crescemos em números; o sangue dos cristões é semente”. – apologia, de Tertuliano.
- Satanás, percebe com isso que com violência não conseguiria o seu intento que era destruir a Igreja de Cristo; passou então governar de outra maneira, hasteando uma bandeira sua (Falsa Doutrina) dentro da Igreja Cristã.
Se os seguidores de Cristo pudessem sem enganados e levados a desagradar a Deus, enfraqueceriam então, cairiam como presa fácil.
No lugar das perseguições foi posto a perigosa sedução da prosperidade e honra mundana.
Ídolos e seus seguidores entraram na Igreja para receber parte da fé Cristã. Professavam aceitar a Jesus como o filho de Deus e crer em sua morte e ressurreição; mas prestavam honra e glórias para suas imagens, cultuavam em nome da fé Cristã.
Não tinham a convicção do pecado e não sentiram necessidade de arrependimento ou mudança de conduta.
Alguns Cristões permaneceram firmes, não se envolvendo nessa armadilha com aparência de ovelha mas com o coração de um lobo devorador da fidelidade ao único Salvador.
Outros foram favoráveis, cederam e modificaram algumas características de sua fé; em apenas aceitar parte do cristianismo. Sob essa capa, satanás se infiltra na Igreja a fim de corromper a fé e desviar a mente dos cristões para a verdadeira palavra de Deus.
O Joio agora encontra-se misturado com o trigo com a desculpa de também ser Cristão. O fermento vil da idolatria, trazido para dentro da Igreja; doutrinas errôneas, ritos supersticiosos e cerimônias idolátricas foram incorporados em sua fé e culto.
A Igreja com isso perdeu sua pureza e poder. Mas alguns ainda resistem não foram enganados, mantiveram-se fiéis ao autor da verdade, e continuaram até hoje a adorar a Deus somente.
“Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, “ninguém” vai ao Pai senão por mim”.
(João 14:6)
Livros pesquisados:
ü Bíblia Sagrada (Edição Paulinas e João Ferreira de Almeida)
ü O conflito dos séculos (Ellen G. White)
ü Dicionários (Novo Brasil Editora Ltda) e (Lello Universal)
APERFEIÇOADO POR: Pr. Jonas D. C. Ferreira
22 de Março de 2004
Mosqueiro – Belém – Pará – Brasil
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